Cinco autobiografias do rock que você precisa ler



É isso, férias! Se como eu, você for um amante de histórias escabrosas, improváveis, e bem reais... Com rock, fama, drogas, e romances desastrosos. Aí vão cinco autobiografias pra ler no tédio que provavelmente virá.  


SCAR TISSUE – É a autobiografia do Anthony Kiedis, vocalista do Red Hot Chili Peppers. A começar pela infância conturbada do cantor, sua delicada relação com a família e o que aprontava com os amigos. Você descobrirá de onde vêm tanta energia, frenesi, e explosão da banda, que assim como seu líder, vive no limite do caos. 

50 ANOS A MIL  Relata nada menos que os cinqüenta anos de vida do acelerado Lobão, músico importante do rock brasileiro, e dono de uma personalidade inquieta, inteligente, e extravagante. Lobão nos conta como um menino criado com um zelo doentio foi declarado oficialmente uma ameaça à sociedade. 

CRÔNICAS VOLUME 1  Bob Dylan surpreende quem acha que ele é aquele cara excêntrico e irascível que a impressa vendeu – e vende - até hoje. O músico, na verdade, detestava os títulos e responsabilidades, demonstrando inclusive repudio em relação a geração que o teve como ídolo. E em boa parte da sua autobiografia acompanhamos a rejeição do astro ao posto de líder de qualquer movimento.

JOURNALS – Parece errado ler as escritas pessoais do Kurt Cobain, líder do Nirvana. Por isso mesmo esse livro pegou mal pra muita gente, mas aposto que ninguém resistiu e abriu as páginas intimas do roqueiro. E através dessas páginas, podemos sentir não apenas tormento e aflição, como a doçura, e a criatividade privilegiada do grunge.

A AUTOBIOGRAFIA    Um dos melhores guitarristas do mundo, Eric Clapton, passou por poucas e boas. Álcool, drogas, romances falidos, e insistentes impulsos violentos fizeram da sua vida um inferno enquanto nas ruas ele era chamado de “Deus”. Mas Clapton superou tudo isso, e revela numa dolorosa autobiografia o que realmente acontecia com ele.


escrito por layne madden 27 dezembro 2011
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Adorno e a Indústria Cultural

Recentemente meus colegas de Jornalismo enfrentaram dificuldade na compreensão do texto legítimo de Adorno sobre a Indústria Cultural... Nos dois míseros períodos que cursei Rádio e TV estudei o livro "Publicidade: É possível escapar?" (Coelho, Claudio Novaes Pinto - 2003), onde um dos capítulos se dedica a explicar o pensamento de Adorno sobre essa indústria. Amo esse livro, amo esse assunto, e já apresentei trabalho sobre. Eis as páginas rabiscadas da minha apostila, espero que ajude!!!


(ABRA A IMAGEM EM UMA NOVA ABA PARA AMPLIAR.... OU SE ACHAR MELHOR SALVE NO SEU COMPUTADOR E APLIQUE O "ZOOM". A EXPLICAÇÃO SOBRE ADORNO COMEÇA NO ÚLTIMO PARAGRAFO DO PRIMEIRO LADO)






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Jornalistas paraibanos debatem sobre Sensacionalismo

Um debate sobre Jornalismo sensacionalista acirrou os ânimos no auditório da reitoria da UFPB, chamando atenção para um grupo que protestava contra o apresentador Samuka Duarte e o estilo do seu programa de televisão, o Correio Verdade. A principio, a impressão que se tinha era de que o auditório - em maioria formado por estudantes universitários - concordava plenamente com a reivindicação, mas, com o passar do tempo, o mesmo grupo que arrancou aplausos e gritos de incentivo, fechou sua participação falando para as paredes. Lauro Lima, apresentador da TV Clube, até elogiou um dos manifestantes, que recitava um poema mesmo depois de ter o microfone arrancado de suas mãos.


Esse foi o clima da "Mesa Redonda", uma iniciativa do CA de Comunicação da Universidade Federal da Paraiba, que contou com a participação de convidados especialíssimos: Lande Seixas (secretário do sindicado de jornalistas da Paraíba) Bruno Sakaue e Patricia Rocha (TV Cabo Branco), Lauro Lima (TV Clube), Fábio Araujo (TV Tambaú), Jonas Batista (TV Arapuan) e, é claro, a presença polêmica de Samuka Duarte (TV Correio). Como mediadora, a profissional de comunicação Agda Aquino, que manteve uma postura firme até o caótico fim do evento. A mesma iniciou a discussão explicando brevemente sobre o jornalismo sensacionalista, deixando para Lauro Lima fazer suas primeiras considerações. Segundo Lauro, o jornalismo sensacionalista não fala nada além do que acontece no cotidiano e que, quem ousa ousar se propõe a ouvir opiniões adversas. Ele também relembrou sua trajetória na tv paraibana, e afirmou ser o precursor do seu modelo de apresentação, buscando muitas vezes aliviar as informações mesmo as tratando com seriedade. Lauro também enfatizou que acredita ter espaço para todos, portanto nunca brigou por números na audiência.


O jovem jornalista Fábio Araújo recebeu aplausos logo na primeira fala, quando admitiu fazer jornalismo sensacionalista. No entanto, ele ressaltou que é possível seguir esse estilo sem apelar para a "punição" e "transgressão", segundo ele vertentes em que o apresentador se porta, respectivamente, como a própria justiça e agride o cidadão, a sociedade e as leis do país. Fábio sugeriu que alguns apresentadores da televisão paraibana sequer sabem o básico do jornalismo, ocupando o tempo do seu programa com danças, assim confundindo liberdade de expressão com esculhambação. Para Fábio, esse tipo de jornalista está apenas interessado no dinheiro e que seu programa, o "Caso de Polícia", muitas vezes padece em função da seriedade com que trabalham. Com a palavra, Bruno Sakaue adverte que apesar da violência fazer parte do cotidiano, há também outros temas corriqueiros que são ignorados pelo jornalismo sensacionalista. Bruno mostrou-se a favor das manifestações e criticou a falta de lógica e o humor presentes no telejornalismo policial, já que para ele a televisão tem papel educativo. Ele defende que criança não deve assistir jornal, muito menos policial, mas que hoje em dia, infelizmente, o bandido ganha tratamento de pop star, citando o caso "chapola". Bruno acha que os efeitos do jornal atingem toda a sociedade, independente de assisti-lo ou não, sendo bastante aplaudido pela platéia.


Já Lande, secretário do sindicado de jornalistas, comentou ter ficado constrangido diante da recepção negativa a Samuka Duate, mas que está ciente de que o apresentador do Correio Verdade não passa de um objeto de arrecadação nas mãos de empresários. Porém, já no fim, Lande assumiu ter ficado satisfeito com a indignação dos estudantes. Alguns, assim como eu, ficaram confusos.


Assim como Lauro, Jonas Batista relembrou sua carreira e falou sobre a importância do debate. Ele também sustentou que a violência é o grande combustível não apenas do sensacionalismo, mas também é tema principal de novelas, filmes, e etc., garantindo que - apesar de trabalhar com sensacionalismo - sempre procura provocar a reflexão das pessoas.  Outro convidado a elogiar o momento foi Patrícia Rocha, se dizendo feliz ao ver a existência de pessoas que compartilham com sua revolta. A jornalista reconheceu o interesse das pessoas pela violência, mas, de acordo com ela, nem tudo convém exibir. Ela salientou que mostrar o que o povo quer ver é entretenimento e não jornalismo, sendo tarefa fácil fazer um jornalismo líder de audiência e isento de responsabilidade, uma vez que o apresentador é necessariamente um formador de opinião.


"Eu virei saco de pancadas" - Exclamou Samuka em uma das primeiras frases, completando que sua presença não foi impulsionada pelo desejo de criticar colegas de trabalho, mesmo porque ele não é o único a fazer esse tipo de programa. Samuka foi vaiado ao se defender com o lema "pimenta nos outros dos outros é refresco", rapidamente relembrando a democracia e assegurando que respeita as manifestações contra ele, mas que esse é seu jeito de apresentar e que usa a linguagem do povo. Nesse momento, houve uma intensa batalha entre aplausos e vaias, sendo a primeira superada após o apresentador propor que mudem de canal e deixem de assisti-lo. Samuka também reclamou da hipocrisia dos outros participantes, questionou a origem e motivação dos protestos e apontou a preocupação da concorrência como decorrência do seu sucesso. Com sua desenvoltura inquieta, o apresentador paraibano primeiro lugar em audiência encerrou seu momento com a seguinte frase: "Quem tem medo de defecar, não come".

Peço que reflitam.
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FK, autor da PQOGSPN, fala sobre o suposto fim e quinta temporada!

(...) Passava das vinte horas, do dia dois de Outubro. Esse provavelmente foi o domingo que os fãs da PQOGSPN não queriam pressa do FK - autor da série. Isso porque cada minuto que corria, intensificava um sentimento confuso de angústia, ansiedade e luto. Os últimos textos da web-série mais comentada da rede surgiam lentamente, como se o autor também sentisse o duro golpe da perda. Afinal, é impossível não lamentar o fim da quarta temporada, ou melhor, o desfecho de uma geração que só o FK sabia conduzir com tanta criatividade. Tal significado estendeu o silêncio de dez mil fãs aflitos. Até parecia brincadeira - e era. Porque o autor é desses engraçadinhos... desses que amam tanto a história quanto os fãs e, com exclusividade ao MADDEN REPORTS, fala tudo sobre a menos esperada e mais festejada, A QUINTA TEMPORADA DA PQOGSPN!!! 


MR: Em julho você parecia bem decidido: A quarta seria a última temporada da web-série PQOGSPN. O que exatamente te fez mudar de ideia e – para bem geral da nação – escrever mais uma temporada?

FK: Eu pensei seriamente em parar, e ia parar mesmo, mas com tanta idéia que eu ainda tenho na cabeça, seria mancada guardar tudo só pra mim. Ainda tem muito o que acontecer com o Thom, o Matt e o Fred, mesmo que não pareça.

MR: Tudo começou no terceiro ano colegial e hoje os três personagens principais estão no primeiro ano da faculdade. Passaram-se quatro temporadas de lá pra cá e, ao longo da PQOGSPN, foi possível acompanhar diversos episódios que marcaram os leitores. Considerando as quatro fases da série, o Thomaz da primeira temporada amadureceu ou é o mesmo cara que veremos na quinta temporada?

FK: Amadureceu, com certeza. Até porque eu também amadureci na escrita. Falando assim parece meio idiota, mas é verdade... É só comparar a primeira temporada com a última. Eu, na humildade, acho que melhorei bastante, a história tem bem mais conteúdo, e o Thom me acompanhou nessa hahaha. Sem contar que tu muda muito quando entra na faculdade, não tem jeito, é outro clima. Além disso, o Thom já passou por muita merda muito cedo, digo, muito jovem. Coisas que obrigam o cara a ser mais adulto. A mãe dele foi embora, ele se fodeu na mão de um psycho, tem um pai que não liga muito pras coisas, foi morar em república, a menina que ele gosta foi embora... E o principal: ele tá atrás da independência dele, de não precisar mais da grana do pai. Isso é um sinal bem óbvio de que ele cresceu, ou pelo menos quer crescer.

MR: Do amor a repulsa. Da saída de casa ao tráfico. Desilusões, tretas, mulheres e "os três". Fica a impressão de que nada mais falta acontecer nessa tumultuada história, onde muita coisa já rolou na vida do Thomaz, o personagem principal. No entanto, teremos outra temporada da "Porque os garotos...". O que você traz de diferente para essa nova fase?

FK: Pior que ainda falta muita coisa! Hahahah na boa, se fosse pra eu escrever TUDO que eu penso pra acontecer nessa história, teria umas mil temporadas. E não porque eu sou um gênio, mas porque o tema é muito fácil. É sobre a vida de três moleques e, meu, é só pensar no quanto cada um de nós já viveu. Quanta merda, quanta coisa engraçada, quantas decepções, quantas doideiras... Isso já mostra o quanto ainda tem pra acontecer na PQOGSPN! Como todo mundo fala, dá pra imaginar muito bem as “cenas” da web, porque a história, apesar das loucuras, é próxima da realidade de quem lê. É por aí... Eles ainda têm muito pra viver antes de se tornarem adultos tediosos.

MR: A nova empreitada do FK é a venda de "camisetas e moletons PQOGSPN" e parece que o resultado vem superando suas próprias expectativas. Segundo divulgação, o dinheiro arrecadado será aplicado na publicação do livro. Como está sendo essa incursão no comércio de camisetas? Você pretende incluir novos itens na loja virtual da web-série?

FK: Tá realmente superando as minhas expectativas, mas ainda to longe de conseguir toda a grana que preciso pra publicar o livro só vendendo camisetas e moletons. De qualquer jeito, é uma maneira muito boa de divulgação, que ajuda a trazer mais leitores e, com isso, tenho mais argumentos pra chegar em uma editora pra publicar o livro. Quanto mais leitores, melhor! Principalmente quando tu precisa de números pra mostrar pros caras que tua história merece ser publicada. E na boa, o mais foda de tudo é ver que tem gente que gosta tanto do que tu escreve que até veste a camiseta! Hahhahaha pra mim essa é a melhor parte! É por isso que, apesar de todo o trabalho que eu tenho e da pouca grana que eu consigo, eu continuo vendendo.

MR: Outra rede social que a PQOGSPN se mostrou bem aceita foi no tumblr, onde você recebe diariamente inúmeras publicações, trechos, fotos etc., referentes à sua web-série. É possível assistir o sucesso de público através da conta criada para aproximar-se dos leitores que utilizam esse weblog (http://pqogspn.tumblr.com/), como também ver respostas, entrevistas e declarações emitidas para os fãs. Fazendo uma rápida avaliação sobre a estreita relação autor-leitor, o que o público quer do FK além do oficio de escritor? Que tipo de abordagem é mais comum nas redes sociais que você interage com os fãs?

FK: O tumblr, assim como o formspring, tem um “negocinho” que libera a criatividade e cara de pau da galera: poder perguntar em anônimo! Hahaha Isso faz com que me mandem muita ask sobre minha vida pessoal, mas eu não me importo de responder. Já no twitter, Orkut e facebook, onde eu posso ver a cara de todo mundo que fala comigo (e eu vejo mesmo!), a abordagem é mais tipo “quando tu vai postar?”. Mas isso também não quer dizer que eu seja a estrela do negócio haha Agora, por exemplo, que eu anunciei a quinta temporada, to com 79 asks pra responder no tumblr, e eu nunca cheguei nem perto desse número. Ainda nem olhei o formspring e as mentions no twitter... Acho que querer saber da minha vida quando não tem post é um jeito de continuar ligado na PQOGSPN. E aí, quando tem post novo, as perguntas são mais relacionadas a história. Tipo “Cadê a Alícia?”, “Quem é a Luiza?” e “O Fred tá apaixonado pela Vicky?”







MR: A sua web-série fez tanto sucesso que não apenas influenciou leitores, como também modificou o estilo narrativo de novos e antigos escritores do gênero, mas não podemos deixar de ressaltar que a PQOG foge de todas as formalidades e protótipos de um enredo "politicamente correto". O "FK", mesmo que você não queria carregar essa responsabilidade, é hoje um "formador de opinião" para pelo menos dez mil pessoas e essa realidade requer um certo cuidado. Em nenhum momento você se sente ou se sentiu disseminador de maus exemplos? O que você pensa sobre essa perspectiva?

FK: Não hahahaha Tipo, na verdade sim, mas eu não ligo pra isso. Como eu sempre falo, todo mundo que lê aquele monte de merda já é crescidinho e sabe diferenciar o certo do errado. Claro que tem uns que são mais cabeça fraca, e eu sei disso, mas aí já não é problema meu. Acho até que boa parte do sucesso da web tem a ver com isso, de ser um negócio meio sem escrúpulos, e eu também sou assim, então não vou mudar. Senão, vai ser só mais um enredo da Malhação escrito por um colírio conselheiro da Capricho, e não é isso.

MR: O FK não é mais exclusivo da "Por que os garotos...", pois você iniciou uma nova web-série chamada WITH MY VANS ON, que fala sobre um garoto de dezesseis anos chamado Rafael. Tantas coisas sendo desenvolvidas ao mesmo tempo não cria uma confusão na sua cabeça na hora de escrever a PQ, escrever a WMVO e viver sua própria vida? Já ocorreu com você a famosa "crise de identidade" que muitos autores e atores dizem sofrer durante o processo criativo?

FK: Não... Apesar de parecidas, as histórias são diferentes. Ou pelo menos eu tenho a intenção de que sejam diferentes. Pode ser que, mais pra frente, role essa chamada crise de identidade, mas acho que não. Eu ainda tenho várias histórias começadas no meu pc, todas diferentes, e que também não tive problemas pra escrever. Parece que vai dar um nó na cabeça, mas não dá. É só tu ter idéias bem diferentes pra cada uma delas. E quanto a minha vida, não acontece esse tipo de confusão principalmente porque eu separo bem as coisas. Eu to começando a contar sobre a web pros meus amigos agora, mas ainda é algo bem separado.

MR: Os fãs da PQOGSPN esperam que o projeto da web-série virar livro se concretize. Você também comprou essa ideia, mas não teme as prováveis alterações que sua criação terá de sofrer? Como livro, a PQOGSPN passará por uma reforma ou a publicação será exatamente aquela que acompanhamos na internet?

FK: Eu não queria publicar o livro justamente por isso, mas conversando com uns amigos e até com o meu pai, eu descobri que não são todas as editoras que fazem isso. Eu posso negociar, dizer que aceito revisão porque pode ter mil erros, mas na história eu não vou mexer. Se for passar por alguma reforma, vai ser na grafia. Essas coisas chatas e necessárias de português quando tu quer publicar alguma coisa direito haha E ainda assim, eu não vou mudar o “tu” com concordância errada. Já virou uma marca da PQOGSPN.

MR: Tornando-se livro, a PQOG ganha proporção maior e o autor, mais cedo ou mais tarde, precisará expor sua identidade. Afinal, que questão realmente está em jogo: Os leitores conhecerem o André ou pessoas da sua "vida real" conhecerem o FK? Te assusta a possibilidade dessa parede divisória um dia deixar de existir?
* ps.: não há certeza sobre o nome verdadeiro do autor, portanto "André" foi usado apenas como conexão para facilitar o entendimento.

FK: Agora já tem bastante gente da minha vida real que conhece o FK e a PQOGSPN, isso já não é mais um problema pra mim. Depois que eu contei pra minha namorada, tudo aconteceu naturalmente, fui comentando com uns amigos, com meu pai, meu chefe... Acho que o que mais ajudou nisso foram as camisetas. Eu tinha que explicar pras pessoas que iam na minha casa o que era aquele monte de camisetas estampadas com “PQOGSPN” na sala hahaha. Mas eu continuo anônimo, porque escrever em anônimo é muito melhor. E eu não sou o único que acha isso. Já conversei com uma galera que escreve há um tempão e não mostra pra ninguém porque não se sente bem. Eu também sou meio assim. Me sinto mais a vontade pra escrever e criar quando ninguém sabe quem exatamente ta fazendo isso. Ainda hoje eu fico com um pouco de vergonha quando falo da web pra algum conhecido e depois o cara me pede pra passar o link hahah mas fazer o quê?

MR: A quinta temporada não estava nos seus planos, mas vai acontecer. Ao mesmo tempo em que alivia, causa novamente o clima de despedida na série. Sendo essa a última, qual é o real sentimento de fechar a última página? Porque é tão difícil dizer adeus?

FK: Não sei se essa vai ser a última. =) Pra resumir: não consegui!!! Hahhah Eu já tentei parar de escrever uma vez e não deu certo... Assim como todo mundo fala fica viciado em ler PQOGSPN, eu fiquei viciado em escrever. Não tem jeito, a história já faz parte da minha vida e ia ser foda parar com tudo de repente. 

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TIPO, DEPOIS DA ÚLTIMA ENTREVISTA FALEI AO FK QUE SE ELE RESOLVESSE ESTENDER A WEB PRA UMA QUINTA TEMPORADA, QUERÍAMOS OUTRA ENTREVISTA AO MADDEN REPORTS! ELE, COM O BOM-MOCISMO DE SEMPRE, NOS DEU ESSA HONRA! É ISSO! ESPERO QUE TENHAM CURTIDO! ATÉ A PRÓXIMA! BJS :))
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As musas da moda Rock'n'Roll

Essa semana estava assistindo ao “Temporada de Moda CH”, no Boomerang, e fiquei inconformada. Em resumo, o programa é um reality show com estudantes de moda de todo o país que disputam uma vaga de estagiário na revista Capricho. A terceira eliminação levou pra casa Mariana Souza, da capital de São Paulo, que integrava a equipe que mandou pior no desafio semanal. Sou encantada por moda, mas reconheço que nossa relação não passa de uma amizade-colorida. Mas o que me chamou mesmo atenção é que a competição da vez tratava-se de compor um Look Rock para festivais de Rock’n’Roll. E, ao passo que meu enlace com moda é quase platônico, a minha ligação com o rock é inteiramente recíproca. 

 

Quando os looks foram apresentados, não entendi nada. Talvez a moda rocker venha sofrendo abalos com a invasão de bandas pseudo-rockeiras no mainstream – o que, na minha visão, é carente de tudo o que o Rock representa. E, falando apenas sobre moda, é preciso ter alguma personalidade pra encarar um look de rock’n’roll autentico. É aí que está. Com um mínimo de conhecimento, é possível constatar que o Rock não depende das tendências fashionistas. Os rockeiros legítimos adotam o rock como estilo de vida e permanecem nas ruas alheios ao que acontece nas passarelas. Acontece que a música dos transgressores, nascida na década de cinqüenta, não apenas tornou-se voz da rebeldia, como também inspiração permanente na moda.

 

Sempre aclamado pela versatilidade e carregado de muita atitude, poder e obscuridade exalado pelos seus ícones, o velho Rock há anos abusa de um estilo bem característico: Jeans, calças skinny, principalmente escuras, jaquetas e calças de couro, meia calça preta, óculos escuro, lavagens desgastadas ou rasgadas. Do all star aos sapatos pesados. Tachas, correntes, maquiagens pesadas, olhos escuros, aspecto misterioso e agressivo. Não esquecendo o chapéu e o xadrez, nem os paletós acinturados, as botas country baixas e de cano curto. E, é claro, tudo isso em camadas e com muitas sobreposições. Esses são alguns elementos que não podem faltar no universo do verdadeiro Rock’n’Rolk, podendo ser punk e excentrico sem perder a essência. Elegi três ícones femininos, de três gerações diferentes, pra comparar com o visual pseudo-rock apresentado no programa de televisão especializado em moda. A boa notícia é que o ROCK SOBREVIVERÁ! \m/

 

A Taylor Momsen é a roqueirinha mais jovem da lista. A vocalista Pretty Reckless investe no preto, que vai dos olhos até aos sapatos. O cabelo também contribui com uma dose de rebeldia. 

 

 

Em seguida, temos a musa Avril Lavigne, que marcou a minha geração com seu visual andrógino-sk8boy. Hoje Avril está mais feminina, mas continua rock e não abandona seu amigo de longas datas: O coturno.

 

 

Pra finalizar, meu ícone fashion, a cantora do The Kills, Alison Mosshart. Não posso chamá-la de “a mais velha” do trio, porque desde que nasce, rockeiro não envelhece.  E, veja, Alison exala rock’n’roll. A pose e a postura provocante intimida mais que a própria moda que veste (e inspira). Sou incapaz de defini-la em linhas.

 

 

Passado o abismo, acompanhe o que os futuros modistas construiram para o look Rock'N'Roll...

 

 

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Efeito dominó desespera o maior grupo de comunicação do mundo

No primeiro semestre de julho, o tablóide dominical mais vendido da Inglaterra, com seus 168 anos de fundação, despediu-se com um melancólico "Adeus e Obrigado". O grupo controlador "News International" optou pelo fim do jornal em meio aos últimos escândalos. Parece confuso, tratando-se do lendário "News of the World", mas dessa vez o drama não foi somente mais uma das suas manchetes, como também o motivo que o levou ao declínio.

Referência para o mundo, a mídia eletrônica inglesa é reconhecida pela credibilidade, mas o jornalismo sensacionalista quase põe tudo a perder. O estrago desses tablóides na sociedade e os efeitos na vida das pessoas ultrapassam todos os limites imagináveis. E sem qualquer impedimento, o mínimo que essa imprensa oferece é noticias falsas. O "News of the World", do magnata Rupert Murdoch, acostumou-se com a aprovação do povo e cada vez mais enfiava os pés pelas mãos. Foram anos reinando às custas da tranqüilidade alheia, e como se fosse um vício, a dose – lê-se exposição –  era cada vez mais alta.
Se bem que a palavra privacidade e ética nunca fizeram parte do tablóide em questão, que cansou de grampear telefones de celebridades, políticos, esportistas, atores, policiais, e até da família real, para depois vender milhões em um único dia. Estranhamente, o governo britânico nunca interferiu, mesmo o ato sendo ilegal e explícito.  É claro que havia, no íntimo consentimento dos leitores, o pensamento de que não importava que fosse errado, importaria apenas quando algum domínio superior tomasse coragem de agir. Mas, ironicamente, nasceu da opinião pública o poder que derrubou o império. 
 ( Na foto: Rupert Murdoch  e a família) 
Foi o caso de Milly Dowler, sequestrada e morta aos 13 anos, que provocou fúria em quem sempre fortaleceu o tablóide. Isso tudo por que o "News of the World" resolveu grampear o telefone da garota em busca de informações exclusivas, excluindo os registros, atrapalhando a investigação policial e pior, fazendo todos pensarem que a menina ainda estava viva enquanto eles vendiam publicações sensacionalistas. A farsa durou algum tempo, mas por meio de denuncias, o jornal foi desmascarado. A massa caiu em cima, e de repente, os podres acumulados em todos esses anos finalmente pareciam incomodar. E diante de tamanha repercussão, não houve manipulação, manobra política ou uso de poder que abafasse o escândalo. Murdoch compareceu humilhado ao tribunal. E denúncias de todos os tipos não param de surgir, detonando uma imensa crise no News International, dono de ações em empresas de comunicação no mundo inteiro, inclusive na Rede Globo.

Há quem garanta que a dramática fase que vive o maior grupo de comunicação do mundo representa o começo do fim. Tal realidade até parece filme de terror para o fundador Rupert Murdoch, o décimo terceiro homem mais poderoso do mundo que hoje, aos oitenta anos de idade, assiste não só o efeito dominó das suas empresas, como também a guerra entre os filhos pela direção do seu patrimônio.

Como já dizia John Dalberg-Acton, "O poder corrompe, mas o poder absoluto corrompe absolutamente." Será que Murdoch achou que um dia teria o seu rosto e dos seus filhos estampados em tantas manchetes constrangedoras?
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Eureca! Brasileiros amam séries britânicas!!!

Por uma complexidade de motivos, os brasileiros se familiarizaram como "padrão americano de qualidade", e o domínio dessa cultura é tão forte e tão grande, que pouco sobra espaço para a vinculação do que é produzido no resto do mundo. Mas as coisas estão mudando junto com as mídias, onde internet é a importante ferramenta de divulgação em massa – o que vem sendo bastante repetido nos últimos anos, mas continua sendo fenômeno.

E é no hábito do "Quem gosta, repassa”, que essa disseminação aparentemente mais honesta das séries britânicas suscitam tantos elogios e ganham a aprovação ATÉ dos brasileiros. Na verdade, o que vem acontecendo a olhos vistos é o que podemos chamar de "desamericanização", já que as séries da Terra da Rainha estão todas longe de serem "gossip gilrs" da vida, digo, com personagens realmente rejeitados, com problemas reais e questões maiores.

Assim, como já constatamos em outras épocas (mais precisamente década de sessenta, com a invasão britânica no cenário musical), O MERCADO CULTURAL DA INGLATERRA É ABUSADO! Produções de nível altíssimo, tipo Survivors, Doctor Who e Misfits, contam com histórias, cenários, sotaques, figurinos e roteiros que fogem do que estamos acostumados. E, na maioria das vezes funciona o número reduzido de episódios (geralmente seis ou dez), a linguagem nada censurada, o tom sarcástico e o caos absoluto, que sujam o trajeto catolicamente leviano trilhado (não quero dizer imposto) pelos outros estilos.


Percebe-se que uma boa porção do “Brazilian viewer” abraçou esse outro formato, realçando a ideia de que não é necessário ter investimento de milhões pra que a criatividade e originalidade sejam postas em prática. No mais, não vejo esse produto estrangeiro invadindo a nossa televisão nem tão cedo, a não ser que sofra vários cortes e isso não seria legal, uma vez que comprometeria a tão suada liberdade de expressão alheia. Convenhamos, temos que reconhecer que o Brasil ainda vive o momento em que a televisão tem a responsabilidade de expor bons exemplos, logo, a falta de cerimônia britânica provavelmente desagradaria ao grande publico da nossa TV aberta.

Outro fato atraente é que, para os ingleses, parece questão de honra fazer diferente dos americanos. Tudo bem que a estrutura da televisão é diferenciada, mas nem sempre pra melhor. Isso porque eles não seguem o esquema inflexível da segunda, e não são tão pontuais quanto se diz por aí. E só pra dizer que nem tudo é formidável... Os britânicos possuem uma propriedade tão grande, mas tão grande, que costumam irritar. O canal anuncia a produção e demora uma eternidade pra colocar no ar, sem contar que usufruem do intervalo de tempo que bem quiserem para apresentarem um novo episódio, e remancham ainda mais entre uma temporada e outra. Eu suspeito - apenas suspeito - que tudo isso só é tolerado por que o resultado nunca decepciona.

"God save the queennnnnn..."
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